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Cinco maneiras de desenvolver seus talentos em um futuro incerto

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As redações de jornais já estão escarafunchando os arquivos para montar suas retrospectivas do ano de 2023, e um tema que certamente estará em destaque é a IA e o futuro do mercado de trabalho. Esse assunto ter sido abordado com alarde, e a verdade é que, sim, muitas pessoas perderão seus empregos. Porém, é mais provável que elas não sejam substituídas por robôs, mas por seres humanos mesmo. Por aqueles que sabem trabalhar junto com a IA. 

Nesse sentido, não há nada de novo: tal como as tecnologias disruptivas anteriores, a IA vai eliminar alguns empregos, mas novos serão criados. O problema é que as pessoas substituídas pela automação não têm acesso imediato a todos os novos empregos criados pela tecnologia. Por isso, em um cenário no qual o futuro envia sinais confusos e incertos, precisamos não apenas de requalificação ou melhoria de competências, mas de pré-qualificação. Isto é, precisamos preparar talentos para o futuro e reinventar as carreiras das pessoas antes mesmo de sabermos quais serão os empregos e as competências exigidas.

Para isso, há algumas recomendações, lições tiradas dos padrões históricos recentes, para pré-qualificar a força de trabalho das organizações. Aqui estão cinco delas:

1 – Foco no potencial: À medida que a vida útil das competências e conhecimentos atuais diminui, é aconselhável contratar e promover pessoas, não pelo que fizeram no passado, mas pelo que poderão fazer no futuro. Significa dar prioridade às competências interpessoais — como a capacidade de aprendizagem, a curiosidade, a resiliência e a adaptabilidade — em detrimento das competências puramente técnicas.

2 – Feedback é crucial: A maioria dos funcionários e gestores estão se perguntando o que farão no futuro, se a sua experiência e conhecimento ainda serão relevantes. Nesse contexto, o feedback baseado em dados pode ajudar as pessoas a entender como suas habilidades podem ser um ativo futuro para sua organização. Significa pensar nos líderes como agentes de talentos, com a função de nutrir proativamente as capacidades das pessoas.

3 – Foco na expansão dos talentos: Deve-se buscar ampliar e expandir os talentos das pessoas. Não aproveitar os pontos fortes já existentes, mas sim ajudar no desenvolvimento de novos pontos fortes, aumentando a versatilidade dos colaboradores. 

4 – Valorize os gerentes: Os gestores detêm a chave para desbloquear o potencial humano no trabalho, especialmente quando o desafio é revitalizar, reenergizar e reimaginar o talento, aproveitando suas competências transversais críticas acumuladas ao longo do tempo.

5 – Invista em habilidades de liderança: Os próprios líderes das organizações precisam estar pré-qualificados, pois, com IA ou não, ainda terão a tarefa de definir e vender a estratégia da empresa, bem como impulsionar a evolução da sua cultura. Trata-se também de compreender que os líderes de hoje podem não ser adequados para o amanhã. Se seus sucessos se baseiam na replicação do que funcionou no passado, talvez exista um obstáculo à adaptabilidade da organização. 

Em fim, é importante ter em mente, como nas revoluções tecnológicas anteriores, alguns empregos desaparecerão, mas novas oportunidades surgirão. O desafio é garantir que aqueles impactados pela automação hoje estejam, o mais rapidamente possível, prontos para os empregos do amanhã.

O futuro pertence àqueles que se adaptam e inovam, independentemente da evolução da tecnologia.

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