A Forward Health acaba de lançar os CarePods – uma cabine particular feita para realizar exames médicos usando scanners corporais, sensores inteligentes e algoritmos capazes de diagnosticar doenças.
Na visão de Adrian Aoun, CEO e cofundador da empresa, a intenção é migrar gradualmente de modelos tradicionais de atendimento médico para soluções autônomas. Um quase “faça-você-mesmo”. Uma situação que parece ser ambiciosa, mas também suscita questionamentos cruciais sobre a interação humana na área da saúde.
O CarePod oferece a conveniência de realizar exames médicos com base em inteligência artificial, eliminando a necessidade de médicos ou enfermeiros. A proposta é sedutora: por que gastar horas em consultórios médicos quando o CarePod pode realizar exames de sangue, de coração, medir a pressão arterial e até mesmo realizar testes de COVID-19? Tudo isso sem a presença física de um profissional de saúde. Essa nova tecnologia aparentemente pode soar inacessível, mas pelo valor de 99 dólares mensais, é possível ir a essas cabines quantas vezes quiser. A boa notícia, é que o sistema já está ativo nos EUA, que conta com 25 cabines instaladas em shoppings, academias e escritórios. Mas, o foco da empresa é chegar a 3.200 cabines em um ano.
O objetivo é democratizar o acesso à saúde, principalmente no contexto dos EUA. Por um lado, há o risco de que apenas áreas urbanas privilegiadas possam usufruir desses avanços. Sem contar, que outro posto a ser discutido é a questão higiênica, e sobretudo a perda da conexão humana no processo de cuidados de saúde. Onde o valor da interação médico-paciente vai além de diagnósticos e prescrições; envolve empatia, compreensão emocional e uma abordagem personalizada que a inteligência artificial pode não conseguir reproduzir naturalmente.
Outro ponto chave é a questão da privacidade de dados dos exames, seria confiável? Apesar dos pontos que precisam ser pensados, a novidade tecnológica parece ser otimista e dá chance para pessoas se cuidarem mais, e terem um diagnóstico mais rápido.