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IA pode projetar proteínas personalizadas

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Mais de 20 mil proteínas são produzidas pelo corpo humano. Contam com a capacidade de realizar diversas tarefas, como a digestão de alimentos, a movimentação de oxigênio pelo sangue e a criação de tecidos.

Em abril de 2023, uma equipe liderada pelo Dr. David Baker, da Universidade de Washington, levou o design de proteínas a um novo nível de personalização.

A equipe utilizou um algoritmo para construir complexos de proteínas adaptados para respostas biológicas específicas. Um dos projetos, por exemplo, desencadeou uma resposta imune ao vírus da gripe em camundongos que superou as últimas vacinas candidatas em ensaios clínicos.

Todavia, a IA não é apenas para vacinas. A mesma estratégia poderia construir transportadores mais compactos e eficientes para terapias genéticas ou poderia transportar anticorpos e outras drogas que precisam de proteção extra para não serem imediatamente decompostas no corpo.

Em vez de escolherem um tópico para a IA escrever, os pesquisadores se concentraram em um grupo de proteínas semelhantes – nesse caso, proteínas com atividade antimicrobiana. O resultado obtido foi a criação de proteínas que, testadas na vida real, realizam o trabalho de matar bactérias.

“A evolução leva bilhões de anos para projetar proteínas únicas, mas esse é outro nível de complexidade. As proteínas se encaixam muito bem e formam estruturas fechadas” – disse Dr. Martin Noble, da Universidade de Newcastle.

E um dos objetivos dos cientistas é utilizar a IA para melhorar o tratamento de algumas doenças como o câncer, e fazer coisas que o corpo humano não consegue sozinho.

“Nossa abordagem é única porque usamos o aprendizado por reforço para resolver o problema de criar formas de proteínas que se encaixam como peças de um quebra-cabeça. Isso simplesmente não era possível usando abordagens anteriores e tem o potencial de transformar os tipos de moléculas que podemos construir”, disse o autor do estudo, Isaac Lutz.

Por enquanto, a IA ainda está em seus estágios iniciais, mas, como os últimos dois anos mostraram, ela poderá evoluir rapidamente. Afinal a tecnologia avança em um ritmo exponencial.

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