Dois dos maiores desafios para os astronautas incluem o ambiente de sono e o estabelecimento de um ciclo natural de descanso.
Normalmente, os astronautas têm quartos escuros, silenciosos e privados na estação espacial, mas isso nem sempre será o caso em outras missões espaciais.
A vista espetacular que as estações espaciais oferecem, com diversos amanheceres que um astronauta testemunha por dia, pode causar estragos em seu ritmo circadiano, o relógio natural do corpo para dormir e acordar. É similar aos descompassos sofridos por trabalhadores noturnos ou por pessoas que viajam com frequência por vários fusos horários.
Uma estação espacial orbita a Terra a cada 90 minutos, criando ciclos alternados de escuridão e luz. Porém, ao invés de forçar os astronautas a se adaptarem a um ciclo anormal, as novas cápsulas contam com iluminação que simula o que as pessoas experimentam durante um dia normal em nosso planeta.
Para aprimorar a experiência de sono e controle de fadiga, a NASA também realiza missões espaciais simuladas. Em junho deste ano, a agência norte-americana iniciará o primeiro experimento em um novo habitat marciano, impresso em 3D: ao longo de um ano, uma equipe de quatro pessoas viverá e trabalhará dentro de um espaço de 158 metros quadrados, a fim de simular a vida em Marte – onde o dia dura cerca de 39 minutos a mais do que na Terra – possibilitando a coleta de dados sobre a nutrição e o sono dos participantes.
E mais uma curiosidade: Os pesquisadores destes experimentos também querem estudar quanta cafeína os astronautas precisam para ficarem alertas, buscando garantir que as tripulações não fiquem sem café em uma espaçonave com armazenamento limitado.