Cada vez mais, o desejo de seguir carreiras alinhadas com nossos valores morais desempenha um papel central em nossas decisões sobre empregos.
É sobre realizar um trabalho que nos permita atuar de forma alinhada com nossa compreensão do que é certo e errado. No entanto, isso não é algo fácil de se alcançar. Mudanças e turbulências organizacionais, juntamente com fatores externos, como o cenário econômico, podem tornar o comprometimento moral um verdadeiro desafio. Por exemplo, um ambiente de trabalho pesado e controlador pode comprometer a solidariedade entre os trabalhadores, um valor essencial para muitas pessoas.
Não é raro que os profissionais passem por momentos de transformação que destacam a desconexão entre o trabalho e seus valores morais.
Eventos sociais significativos, como uma grande catástrofe, ou o acumular de situações cotidianas no ambiente corporativo, podem servir como gatilhos para a tomada de consciência desse desalinhamento. Embora esse desconforto possa ser perturbador, é um sinal importante. Abraçá-lo, em vez de evitá-lo, é o primeiro passo para moralizar sua trajetória profissional.
Outro aspecto crucial é a identificação das “regras de pureza” da organização, que determinam que tipo de trabalho é moralmente aceitável.
Muitas vezes, somos incentivados a sacrificar aspectos de nossas vidas pessoais e necessidades em nome dessas regras. Por exemplo, o excesso de horas de trabalho pode ser enaltecido como um comprometimento com a organização, frequentemente às custas do tempo com a família. No entanto, com o tempo, esses sacrifícios podem se tornar insustentáveis e prejudiciais. Para construir carreiras alinhadas com nossos valores, devemos estar dispostos a reconsiderar a quem buscamos orientação e validação.
Viver uma vida profissional alinhada com nossos valores é um caminho desafiador, mas também é o caminho para uma carreira mais gratificante e significativa.