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Como as deepfakes podem eternizar atores e atrizes?

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Imagine que você veja um vídeo com seu rosto na internet, que você não se recorda de ter feito. Um vídeo convincente, que realmente parece retratar você.

Isso é um dos cenários possíveis graças às deepfakes – a tecnologia que utiliza a inteligência artificial para trocar, em um vídeo, o rosto de uma pessoa por outra, que torna quase impossível distinguir o que é real e o que é falso.

Não é de se estranhar que estas novas tecnologias nos tragam reflexões alarmantes, gerando uma dificuldade de enxergar formas de utilizá-la sem trazer grandes problemas. Mas talvez estejamos diante de uma boa aplicação para esta tecnologia.

O ator Bruce Willis foi diagnosticado com afasia, uma disfunção que causa dificuldade de se comunicar, compreender imagens, sons e até mesmo as expressões faciais.

Dada essa situação, o ator percebeu o desafio que seria continuar atuando, e escolheu se aposentar. Contudo, Bruce Willis surpreendeu o mundo ao ser o primeiro ator de Hollywood a fechar um contrato com uma empresa especializada em deepfakes, que o recriou digitalmente. Desta forma o ator aparece perfeitamente em um comercial, onde um dublê de corpo foi utilizado, enquanto o rosto foi substituído pelo do ator.

“O que Willis definitivamente fez foi nos dar seu consentimento para fazer seu Gêmeo Digital”, afirmou a companhia.

Efeitos especiais no cinema não são novidade, e estão em constante evolução. As deepfakes podem representar uma nova tendência na indústria onde atores podem ser replicados para diversos filmes. Podem ser rejuvenescidos ou envelhecidos de acordo com o papel. Ou mesmo aparecer em obras mesmo depois de falecidos.

Há quem aponte também que as deepfakes permitiriam a qualquer um produzir sua própria imagem em uma película.

Você já pensou em ter o seu rosto em um filme inteiro sem nunca ter atuado?

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