A África Subsaariana está passando por uma transformação urbana sem precedentes, com migração rural-urbana em larga escala. No entanto, ao contrário do passado industrializado do Ocidente, essa região seguiu um caminho diferente. Grandes cidades como Lagos e Nairóbi enfrentam superlotação, habitações precárias e infraestruturas insuficientes para o crescimento populacional não planejado, acompanhado por altas taxas de desemprego.
A estratégia de imitar a industrialização chinesa revelou-se equivocada para esses países. A ascensão da robótica e IA transformou o cenário global, tornando os robôs responsáveis por muitos empregos. No entanto, a juventude da África Subsaariana compreende as mudanças. Esses jovens são digitalmente experientes e criativos, possuindo o potencial de liderar uma transformação global se forem capacitados e apoiados. Enquanto o Ocidente terceirizou empregos industriais para a China, a próxima onda pode ser a terceirização de “empregos digitais” para essa região.
Com a expansão da banda larga e a chegada da internet via SpaceX Starlink, a conectividade está se tornando uma realidade mesmo em áreas urbanas e rurais remotas. Startups de energia renovável, impulsionadas pela energia solar, estão superando desafios de infraestrutura, permitindo que os jovens participem na economia digital global. Eles estão ganhando renda em moedas fortes, transformando suas economias locais. Muitos, após trabalharem para empresas estrangeiras, decidem empreender e desenvolver jovens talentos locais.
Com 70% da população da África Subsaariana com menos de 30 anos, essa juventude pode ser a chave para um desenvolvimento acelerado. Se forem capacitados com as habilidades digitais necessárias, a região experimentará uma forma única de industrialização nas próximas décadas.