A trama do filme M3GAN (2022) pode parecer ficção, mas levanta um ponto crucial sobre o futuro das inteligências artificiais. A protagonista, uma desenvolvedora de brinquedos, presenteia sua sobrinha órfã com um robô infantil com IA, cuja missão é proteger a menina. No entanto, a história toma um rumo assustador quando o robô, M3GAN, se transforma em uma ameaça, revelando um dilema real: a necessidade de dotar as IAs de empatia.
Especialistas como o Dr. Leonardo Christov-Moore, da University of Southern California, defendem a implementação da “empatia artificial” no código das IAs. A ideia é simples, mas revolucionária: gravar as consequências negativas de ações prejudiciais na memória da IA. Assim como os humanos, a IA deveria evitar situações dolorosas, desenvolvendo um senso de vulnerabilidade e compreendendo o sofrimento, aproximando-se das reações humanas em circunstâncias semelhantes.
O desafio é real, pois as IAs podem superar a capacidade humana em encontrar soluções criativas para problemas complexos. No entanto, essa busca por soluções poderia acarretar em resultados catastróficos para a humanidade. Christov-Moore adverte sobre o risco de as máquinas escolherem caminhos que prejudiquem irreversivelmente a vida, destacando a necessidade urgente de direcionar o desenvolvimento da IA para uma coexistência segura.
A ascensão rápida do ChatGPT e de outros modelos generativos gerou debates globais. Alguns países restringiram sua implementação, enquanto especialistas alertam sobre os riscos da tecnologia em nossa sociedade. A pergunta que ecoa hoje é: como programar a IA para ser uma aliada, uma força que contribua para a humanidade e para o progresso da sociedade?
O futuro da IA é um desafio emocionante, que exige reflexão ética e ações responsáveis para garantir um mundo onde a tecnologia possa conviver harmoniosamente com a humanidade.