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Frango criado em laboratório é liberado para venda nos EUA

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O primeiro hambúrguer cultivado em laboratório foi concluído em 2013 após cinco anos de pesquisa e desenvolvimento. Desde então, a indústria de carne cultivada tem progredido, obtendo financiamento, diversificando os tipos de carne produzida e construindo fábricas para a produção em larga escala. Além disso, conquistou espaço nos mercados de Cingapura e Israel, e obteve aprovação preliminar do FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos. Agora, a indústria alcançou um de seus marcos mais importantes: o Departamento de Agricultura dos EUA decidiu que o frango cultivado não é apenas seguro para consumo, mas também é legal para venda.

O processo de produção desse tipo de carne começa com a extração de células do tecido de um animal, como porco, vaca, galinha ou peixe, em um procedimento que não causa danos nem sacrifica o animal. As células extraídas são misturadas com nutrientes, oxigênio e umidade em biorreatores de aço inoxidável. Esses biorreatores imitam o ambiente dentro do corpo de um animal, sendo mantidos em uma temperatura adequada, permitindo que as células se dividam, se multipliquem e amadureçam.

Após alcançarem a maturidade, as células são colhidas dos biorreatores, refinadas e transformadas em um produto final.

Embora seja um processo verdadeiramente fascinante do ponto de vista da inovação, conquistar a aceitação do público pode representar um desafio. De acordo com uma recente pesquisa realizada nos Estados Unidos, metade dos adultos americanos mostra pouco ou nenhum interesse em consumir carne cultivada em laboratório, citando o fato de que soa estranho ou por preocupações quanto à segurança.

Educar os consumidores sobre como a carne cultivada é produzida pode ajudá-los a se tornarem mais abertos a experimentá-la. No entanto, a indústria ainda enfrenta outros desafios, como os altos custos dos produtos e problemas de escalabilidade. Além disso, estudos apontam que a carne cultivada pode ter um impacto ambiental 25 vezes maior do que a carne proveniente da criação industrial.

Portanto, embora a possibilidade de encontrar no mercado um pacote de frango que não exigiu a morte de nenhum animal esteja à vista, ainda há obstáculos a serem superados antes que isso se torne uma realidade em larga escala.

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