De acordo com um novo estudo publicado na revista iScience, várias pacientes tetraplégicos operaram com sucesso uma cadeira de rodas controlada pelo cérebro, e navegaram com precisão por uma sala cheia de obstáculos.
O advento de cadeiras de rodas controladas pelo cérebro nos últimos anos provou ser um grande avanço, mas ainda requer implantes invasivos de cérebro-computador.
Agora, os pesquisadores dizem que desenvolveram um método não invasivo que requer apenas o uso de uma capa de eletrodo que funciona como uma tampa que amplifica os sinais elétricos do cérebro, que são traduzidas por um software de IA.
José Millán, professor de engenharia da computação e neurologia da Universidade do Texas em Austin, reportou que dois de três pacientes foram capazes de mover suas cadeiras de rodas com precisão de 95 a 98 por cento.
Mas, chegar lá não foi fácil. Os pacientes tiveram que treinar, visualizando o movimento da cadeira de rodas como um movimento de seus próprios membros, e levaram até cinco meses de treinamento.
“O ponto principal do artigo é que, se treinarmos as pessoas por tempo suficiente, elas podem atingir um certo nível de controle de um dispositivo sofisticado como essas cadeiras de rodas controladas pelo cérebro”, disse Millán ao US News.
Apesar da notícia animadora, o pesquisador informa que é preciso entender que cada pessoa reage de uma forma única, e que dos três pacientes, um não obteve resultado, logo será necessário ter outras opções viáveis.
No entanto, é seguro dizer que o estudo representa um avanço tecnológico promissor não só para cadeirantes, mas também para toda a humanidade.