Pular para o conteúdo

Bernardinho & Liderança


A sétima edição da série de lives comandada pelo CEO do Rock in Rio Luis Justo fala de um pilar cultural essencial para qualquer empresa ou organização. Desde uma pequena família até um grande império, um componente fundamental que entende o alinhamento de esforços e foco em grandes objetivos. Espírito de grupo, o sentimento que leva o coletivo mais longe sob a crença de que a soma dos indivíduos é maior que o todo. Estamos falando de um pilar que dentro do Rock in Rio é conhecido como “TODOS NA MESMA DIREÇÃO”. Aquilo que faz com que seus colaboradores trabalhem como um verdadeiro time. Que os fazem entrar num estado de sinergia e entrosamento capaz de realizar, dentre outras coisas, o maior festival de música do mundo. E para trabalhar como um time ninguém melhor que um dos maiores, senão o maior, líder esportivo do Brasil. Um comandante que vem inspirando líderes corporativos há tantos anos com suas lições aprendidas em quadra. Ninguém menos que o ex-jogador e treinador de voleibol Bernardinho! 

.

Uma das primeiras colocações de Bernardinho neste episódio de TELA PARTILHADA, remete outro pilar cultural do Rock in Rio: CORAGEM para abdicar da carreira de negócios – Bernardinho é economista pela PUC-Rio – e de optar pela incerta carreira esportiva. A bravura para protagonizar a explosão do vôlei nos anos 1980 e viver sua intensa paixão. Ele brinca dizendo que teria errado nesta bifurcação de sua vida, ao que Luis Justo responde que teria sido um “erro muito positivo”. Caso contrário não teríamos as histórias e aprendizagens deste campeão que tanto tem a nos ensinar. 

.

“Você é tão disciplinado quanto a força do seu propósito.” – Assim como com os demais participantes da TELA PARTILHADA, a conversa tangencia sobre propósito. Bernardinho se coloca como um ‘desenvolvedor de gente’. Diz que, seja através do esporte ou de suas concorridas e impactantes palestras, seu grande propósito é criar um ambiente favorável para que as pessoas possam crescer. Traz uma curiosa relação entre a disciplina e resiliência, como os dois lados do “não”. Na disciplina nós dizemos “não” para as coisas que gostaríamos de fazer (e “sim” para as coisas que devem ser feitas). Enquanto na resiliência a vida nos diz “não” e nós seguimos em frente e tentamos novamente.

.

“Só não perde quem não joga”. – A emblemática medalha de prata conquistada pela seleção de vôlei em 1984 traz o gancho para o que Bernardinho chama de ‘Learning Mode: ON’. Acostumado a ambientes extremamente competitivos, onde somente a vitória seria importante, ele ressalta que a derrota faz parte de qualquer time. Perder faz parte do processo, e somente quem nunca tenta algo novo está imune ao fracasso. Segundo ele, em todos os ambientes de sucesso, sejam esportivos, corporativos ou organizacionais, sempre existem alguns padrões que permitem a vitória dos times envolvidos. Mesmo, e principalmente após o gosto amargo das derrotas, os líderes e os time vitoriosos assumem, como padrão, uma postura: aprendem com os erros. Para Bernardinho toda e qualquer experiência tem que ser vista sob a ótica do crescimento, assumindo responsabilidades e aprendendo sempre! 

.

“A adaptabilidade te faz vencer o campeonato.” – Bernardinho faz comparações diretas entre um time esportivo a uma empresa. Se coloca como um líder que relaciona como ninguém o esporte a um empreendimento. Entende as semelhanças entre os dois universos, seus riscos inerentes e resultados necessários para quem quer alcançar a vitória. Percorre os principais atributos do líder humilde, ressaltando que uma pessoa auto-confiante não tem nenhum problema em assumir suas limitações. Recita mensagens de empatia, capacidade de ouvir, pertencimento e os desafios de escolha de talentos adequado para suas equipes (inclusive com a novas gerações). Reforça a visão compartilhada por tantos outros ícones do esporte, de que a meritocracia e o talento individual são importantes, mas devem ser orientados sempre ao sucesso do time. “Talentos vencem partidas. Inteligência e trabalho em equipe vencem campeonatos.” Fala também sobre autenticidade, transparência, sinceridade e confiança – “Eu nunca exigi de alguém algo que eu não estivesse disposto a eu mesmo fazer” – mas surpreende quando nos traz uma emblemática lista com os tipos de inteligências necessárias para times vencedores no atual mundo em transformação:

.

(1) QI: A inteligência e a capacidade cognitiva te põem no jogo;

(2) QE: A inteligência emocional e as relações interpessoais te fazem vencer o jogo;

(3) QA: A inteligência adaptativa a capacidade de adequação te fazem vencer o campeonato;

.

O papo ainda traz inúmeras citações de Michael Jordan e referências bibliográficas imperdíveis. Esclarece que o questionamento é precursor da mudança e até fala em criatividade. Descobrimos que Bernardinho assumiu rotinas inusitadas para treinar seu time, de forma remota. Com base nos recursos disponíveis e adaptando o ambiente para, não somente manter o ritmo da equipe e minimizar perdas de performance atlética, mas também, e principalmente, para manter a conexão, engajamento e pertencimento. Atributos fundamentais para times vitoriosos, onde seguem TODOS NA MESMA DIREÇÃO.

.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *